O Brasil conquistará mais um título, mas esse está longe de ser positivo. Em 2019 ganhamos o posto de primeiro colocado como o país que mais tributa empresas, pegando a liderança da França e a deixando em segundo lugar.
Quem pudera, são tantos os tipos de impostos no Brasil que chegam a confundir os empresários. Divididos entre federais, estaduais e municipais, as tributações representam uma fatia generosa do rendimento anual de uma empresa.
Neste texto iremos mostrar uma perspectiva do planejamento orçamentário em relação aos impostos e tributos. Sabemos que afetam o financeiro, é verdade. Todo dinheiro que sai do caixa, por mais que seja um compromisso com o Estado, pode afetar o desempenho financeiro de uma empresa.
No entanto, o que é pouco feito nas pequenas empresas (e que é princípio do planejamento orçamentário) é planejar esse pagamento com antecedência.
Mas antes de mais nada, vamos conhecer um pouco mais sobre os tipos de impostos existentes.
Existem três tipos de tributos em espécie de impostos no Brasil, os impostos federais, estaduais e municipais. Esses são os tipos de impostos no Brasil, divididos por tributação federal, estadual e municipal.
SIGLA | NOME | FINALIDADE |
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II | Imposto de Importação | É a tributação federal cobrada em cima de produtos importados trazidas em bagagens por viajantes ao Brasil. |
IOF | Imposto sobre Operações Financeiras | Esse imposto incide em cima de operações de transações, como cartões de crédito e seguros. |
IPI | Imposto sobre Produto Industrializado | Imposto cobrado por cada produto industrializado desenvolvido no Brasil. |
IRPF | Impostos de Renda Pessoa Física | Feito anualmente, é o imposto pago em relação a renda de pessoas físicas. |
IRPJ | Imposto de Renda Pessoa Jurídica | É o valor tributário do imposto por renda pago pelas empresas que mudam conforme a porcentagem de faturamento. |
ITR | Impostos sobre a Propriedade Territorial Rural | Imposto sobre as propriedades rurais e cobrado anualmente no dia 1º de janeiro. |
Cide | Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico | Incide especificamente ao petróleo, gás natural e relacionados. |
Cofins | Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social | Incide sobre a receita bruta de empresas e tem o objetivo de garantir a Seguridade Social dos trabalhadores. |
CSLL | Contribuição Social sobre o Lucro Líquido | É o imposto que incide em Pessoas Jurídicas (PJ) que garante apoio de Seguridade Social ao trabalhador. |
FGTS | Fundo de Garantia do Tempo de Serviço | Essa contribuição mensalmente feita pelo trabalhador garante proteção ao funcionário que é demitido sem justa causa. |
INSS | Instituto Nacional do Seguro Social | Contribuição social que tem o objetivo de garantir a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros pela Previdência Social. |
PIS/ Pasep |
Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público | Contribuição social arrecadado com o objetivo de garantir o seguro-desemprego aos trabalhadores. |
SIGLA | NOME | FINALIDADE |
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ICMS | Imposto sobre Circulação de Mercadorias | Imposto cobrado pelas mercadorias comercializadas no país, podendo variar por estados. |
IPVA | Impostos sobre a Propriedade de Veículos Automotores | Popular pois é o imposto pago anualmente por todo brasileiro que possui automóvel. |
ITCMD | Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação | Esse é o imposto que incide em heranças e doações. |
SIGLA | NOME | FINALIDADE |
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IPTU | Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana | Também popular, o IPTU é o imposto pago por todo brasileiro que possui uma propriedade urbana. |
ISS | Imposto sobre Serviços Cobrado das Empresas | Sendo alíquota mínima de 2% e a máxima 5%, é a cobrança municipal em cima de empresas de qualquer segmento de atuação. |
ITBI | Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos | É o carga fiscal que diz respeito a toda transmissão de imóveis, como apartamentos e casas. |
Fonte: Jornal do Senado
Não é do conhecimento comum, mas existem grandes diferenças entre imposto, tributo e taxa. o empresário, na hora de colocar em dia seus compromissos com as contribuições, podem encarar dificuldade nessas definições. Confira agora o que significa cada uma delas:
É a arrecadação com o objetivo de abastecer os cofres públicos onde são revertidos para ações ao bem público, como saúde, segurança e educação. Impostos são espécie, ou seja, uma classificação do tributo. Dentre os impostos, existem dois tipos: direto e indireto.
Os diretos são os cobrados em forma de porcentagem, como o IR (Imposto de Renda), por exemplo. Já os indiretos são os impostos que incidem em produtos, ou seja, não são calculados com base em porcentagem.
Dessa forma, tributo é o termo guarda-chuva que cobre impostos e taxas. É toda a arrecadação compulsória, ou seja, obrigatória, que o Estado exerce por toda atividade administrativa exercida. Portanto, tributo é o gênero que engloba tanto impostos, como taxas e contribuições.
Diferente dos impostos, as taxas não são valores que variam conforme a porcentagem. Em outras palavras, taxas são pagas o Estado toda vez que precisamos de algum serviço específico prestado, como emissão de carteiras e licenciamento de veículos.
Numa forma geral e bem resumida, as tributações possuem o objetivo de arrecadação financeira para finalidades que ajudaram, de certa forma, a população. Isso não quer dizer que as tributações não podem afetar de maneira negativa um negócio, principalmente os pequenos. Afinal, elas abocanham uma fatia generosa do faturamento anual.
Confira algumas formas que as tributações podem interferir de maneira negativa em seu negócio e como se prevenir.
O regime tributário é o tipo de cobrança de tributos para empresas que, essencialmente, depende do seu faturamento anual. No entanto, por descuido e falta de informação, empresas podem se cadastrar em regimes que não correspondem à sua realidade empresarial.
Dessa forma, poderiam estar pagando tributos a mais de forma desnecessária. Existem três regimes tributários e são eles:
Esse regime engloba pequenas e microempresas que têm, essencialmente, faturamento anual menor que R$ 4,8 milhões. Para cada regime existem particularidades, portanto, conheça quais são os impostos pagos pelas empresas no regime Simples Nacional.
O valor do lucro das empresas nesse regime é presumido pela Receita Federal com base no IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) em relação ao seu faturamento. Caso o lucro anual seja abaixo de R$ 78 milhões a empresa se enquadra no regime de Lucro Presumido.
Esse regime é obrigatório para as empresas com faturamento acima dos R$ 78 milhões e para determinadas atividades, como as financeiras e negócios que recebam dinheiro do exterior.
Por mais que existem os regimes específicos para cada quantidade de faturamento, uma empresa que recebe menos que o faturamento do Lucro Real, por exemplo, pode se cadastrar neste regime. Mas, se recebe a mais, ela não poderá se categorizar no Simples Nacional. É dessa forma que as confusões surgem.
A falta de planejamento financeiro é um dos principais motivos. Afinal, são poucos que planejam o seu negócio a longo prazo de uma maneira tão específica como essa. De qualquer forma, é importante “guardar um dinheiro” e planejar seu caixa para a quitação dos compromissos fiscais com o Estado.
Por ser muito burocrático, o processo de tributação, às vezes, exige muito tempo de um departamento financeiro. Para você ter uma ideia, as empresas possuem uma média de 1.958 horas investidas no processo tributário. Se a sua empresa perde muito tempo com as tributações o ideal é investir em uma solução que otimize esse processo, como softwares e ERPs.
O planejamento tributário é uma forma de organizar e planejar as tributações de forma que reduz a carga a ser paga; tudo isso de forma lícita, é claro. No fim, é uma análise das tributações existentes e escolha das melhores que se adequam à sua empresa.